terça-feira, 31 de julho de 2012

PODER LOCAL: QUE FUTURO?

O Poder Local democrático para além da Liberdade de expressão, foi, quanto a mim, a maior conquista de Abril. Mas sempre lhe coloquei uma reserva: estou convencido, embora a revolução e evolução que se regista por todo o Portugal, que com metade do investimento efectuado se teria feito o dobro. Estragou-se muito dinheiro em investimentos megalómanos, deu-se palco a  quem o não merecia, por falta de preparação para subir ao mesmo, partidarizou-se num processo negativo de oportunismo. Içou-se ao poder quem falou mais alto, quem agitou mais bandeiras ou colou mais cartazes. E o resultado está à vista.
Construiu-se muito, há pavilhões multi-usos por todo o lado, há uma proliferação de piscinas, de pavilhões, habitação social, na maioria dos casos mal distribuida, bastando para o parque automóvel na envolvente, rotundas, se possível, três ou quatro por cidade ou concelho, mas muitas dessas terras, não cuidaram do saneamento básico, pois esse não dá votos, já que fica enterrado. O dinheiro da Europa fez perder a cabeça da maioria das Câmaras, as quais se esqueceram de que teriam de investir 30% e não tinham estaleca para isso. Veio o natural endividamento. E aí está o Poder Local, em hora de crise, de pantanas, algumas autarquias sem dinheiro até para comprar papel higiénico...
No meio desta derindana de desmandos e desorientação, de penacho político, só uma maioria de presidentes de Juntas de Freguesia, sobretudo no interior, é que tem sido gente que percebeu o mandato de Abril. E como são escrutinados dia a dia, ao pé da porta, não atravessando o território da sua jurisdição em automóveis topo de gama, lá vão cumprindo. E como cumprem, há em campo uma perseguição para que estas autarquias sejam banidas do Poder Local. Persegue-se, para matar.
E, no meio desta confusão, apetece-me estacionar na minha terra e meditar no futuro que lhe estará reservado, tendo em conta o que se vê, o que se lê e o que ouve. No Partido que há 36 anos governa, sentem-se fissuras, já que o Partido nunca existiu com a força que lhe era dada pela presença no poder, pois houve sempre, por vontade de quem mandava, que não deveria aparecer nova gente e gente nova, numa demonstração de alternância democrática. E os resultados da má escola estão à vista. Ouve-se o borbulhar o desejo de mando de quem nunca teve estaleca para isso, mas a força dos votos, o caciquismo anda na praça, prenunciando um amanhã que não deixará de envergonhar quem se envolver na luta eleitoral. Mas tal não acontece no partido líder, mas também na oposição, sobretudo na maior, na qual também se contam espingardas para alcançar o poleiro. Nem as derrotas constantes servem de lição.
Depois, a envolver esta situação, há a falta de dinheiro e o anunciar de uma amanhã ainda com mais dificuldades. Quem vier a surgir no Poder não terá vida fácil, não só na minha terra, mas em 99,9% do país.
Vamos todos ficar a olhar para as obras feitas - umas bem e outras muito mal. E não haverá dinheiro para mais nada. O amanhã será negro, no valor nos cofres e no valor nas pessoas.  

ADEUS, AMIGO DINIZ

Perdi mais um amigo. Morreu o Diniz. Não tenho a fotografia dele para encimar esta prosa de adeus, mas fui buscar a chama viva que nos uniu durante muitos anos. O Zé Diniz Sampaio Rocha, foi o técnico que visitou milhares de casas na nossa terra, sempre atento às chamadas das donas de casa para afinar o fogão, o esquentador de águas ou o aquecedor de ambiente. Matosinhos inteiro conheceu aquele sorriso simpático, a par da sua competência. Milhares e milhares de quilómetros que ele percorreu pelas ruas do concelho. Toda a gente o conhecia e ele conhecia toda a gente. O Gazcidla com quem ele trabalhou, desde o tempo em que as pessoas julgavam que se tratava de um detergente e, depois, durante época - e ainda hoje - foi um dos factores de economia dos portugueses.
O Zé Diniz foi um dos responsáveis. Era, igualmente, um bom companheiro de trabalho. Eu tive amigos e tenho amigos, mas o Zé Diniz era daqueles mesmo amigos sinceros.
Gostava de dar o seu pé de dança e acabaria por ser, muito tempo, um bom baterista e animador do conjunto musical do Orfeão de Matosinhos. Todos gostavam dele.
Pois o Zé Diniz deixou-nos, aos 75 anos. Vi-o, pela última vez, há um mês e do outro lado da rua disse-nos adeus e mandou-me o seu habitual sorriso. Pela última vez.
Só tive conhecimento do seu falecimento muito tarde, já sem ter hipóteses de lhe levar uma flor.
Perdi um amigo. Mais um.

sábado, 28 de julho de 2012

A PORCA DA POLÍTICA

Dizem que são políticos e, portanto, homens que querem lutar pela melhor e exemplar vida do povo. Mas é o que dizem, porque não prática o exemplo é o pior. E se o povo pensasse duas vezes, fazia-lhes o tradicional manguito do Zé.
E porquê esta ladaínha? Muito simples e triste.
A Câmara comemorou os 60 anos da inauguração do Mercado Municipal, uma obra ímpar para a época, sonhada depois da II Guerra Mundial.
Foram homenageados postumamente os autores do projecto e o construtor do edifício, por acaso, um cidadão de Matosinhos que tanto deu à sua terra e, só agora, é que quem de direito se lembrou de homenagear.
Presentes o presidente da Câmara e vereadores. Presentes, também,  os presidentes da Junta de Freguesia de Lavra (70% dos trabalhadores que construiram o Mercado eram oriundos daquela freguesia) e Senhora da Hora. Estranhamente a ausência do presidente da Junta de Matosinhos. E estranhamente porque parece ter estado presente, horas antes da cerimónia, a distribuir lembranças e uma flor aos operadores do mercado.
Um autarca que, recentemente assumiu responsabilidades no partido em que está inscrito, apesar de há uns anos atrás, depois do "Caso da Lota", ter sido proposta a sua demissão, o que nunca parece nunca ter acontecido, tendo somente sido outros dois destacados militantes (Narciso e Seabra) castigados, por impedidos a candidatarem-se à presidência da Câmara. Uma tristeza num baralho de coisas porcas.
É assim a política. Mas o povo quer que política seja uma sujeira? Parece.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

RESPOSTA A QUEM NÃO SABE OU É PINÓQUIO

Um dia destes assisti a uma discussão sobre a influência maioritária que houve do FC Porto, em Matosinhos. Mentira. Só a partir dos anos 80 do século passado é que tal aconteceu, naturalmente por força dos êxitos do clube, sobretudo os internacionais. De registar, também, a emigração portista para dormir em Matosinhos.
Antes daquela época, predominavam na nossa terra os sportinguistas, com quartel-general na Confeitaria Oriental. Depois, vinham os belenenses e os benfiquistas. Portistas, eram alguns.
De recordar os campeonatos então existentes, no Campo de Santana, entre as fábricas de conservas, no qual havia o Sporting e o Belenenses. Não me recordar de ver uma equipa do Benfica ou do FC Porto.
Hoje é que tudo é diferente. Segundo os números, em Matosinhos há mais associados do FC Porto do que do Leixões. O que é triste.
Nesta conversa com os "bloguistas" só queria responder aos portistas que se julgam sempre os maiores pelas bandas de Matosinhos. Aqui, apesar de tudo, é terra do Leixões, do Leixões que foi um dos fundadores da AFPorto, juntamente com o Boavista (clube da aristocracia da zona do Bessa e de Vila Nova de Gaia). O FC Porto que se diz fundado pelos comerciantes, sobretudo merceeiros, no século XIX, segundo descoberta do famoso Rui Guedes, uma descoberta que deixa muitas dúvidas, mas que os portistas aceitaram. Sem esquecer o Salgueiros, clube do povo, e o célebre Académico, de gente bem, o primeiro clube a ter um estádio relvado (Estádio do Lima), mas também o primeiro a ser quase esquecido por ter a perna curta para a passada larga, tal como acontece hoje a muito boa gente.
Fica a ajuda para a discussão.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Ó ZÉ, NAO SE ARRANJA NINGUÉM DE JEITO?

É verdade, caro Zé, não se arranja ninguém de jeito para feitor da nossa quinta. O Pedro manda-nos lixar e agora só quer tratar da dieta e da melena; o Seguro está muito verde e parece que nunca mais vai fazer 18 anos; o Jerónimo tem calos nas mãos, mas também já tem calos na cabeça; o Louçã sabe muito, mas é só garganta; o Portas, credo, credo, credo. Precisamos que tu descubras alguém que se saiba da poda e que ponha o quintal a dar uma colheita de jeito. E quanto antes.

HÁ 60 ANOS MATOSINHOS TEM ESTA JÓIA

Foi há 60 anos, Julho de 1952, que o general Craveiro Lopes veio inaugurar o Mercado de Matosinhos. Uma obra emblemática e na altura na Península Ibérica. Foi construído por um Homem de Matosinhos - Luís José de Oliveira - que a nossa terra nunca consagrou como merecia, pois para além de um profissional da maior competência, foi figura de grande relevo na área comercial, social e cultural. Finalmente, vai ter uma pequena homenagem. No próximo sábado, pelas 10 horas. Eu que serei um dos 20 ou 30 que ainda estão vivos e que na obra do Mercado colaborei, lá estarei a reviver todos aqueles que fizeram tão grande obra. 

terça-feira, 24 de julho de 2012

A MULHER DOS TOMATES

A deputada Isabel Moreira, da bancada do PS, mostrou ser uma mulher com eles no sítio, ou seja, com os músculos democráticos em plena pujança. Quis fazer uma declaração pessoal na Assembleia da República. A presidente Assunção Esteves não permitiu! Isabel bateu com a porta, traída por ideias que quem dirige a AR diz serem democráticas. E ninguém se levantou a protestar. Uma mulher, uma filha, a quem seu pai, Adriano Moreira,   terá obrigado a um sorriso de satisfação. Mesmo vinda da Esquerda.

O POVO NÃO É PARVO PARA ACREDITAR

Passos Coelho no lauto jantar de fim de ano na Assembleia da República, apresentou-se mais magro e de cabelo aparado. Disse que anda a fazer dieta, mas comeu rosbife e um gelado com frutos vermelhos a enfeitar. Não dá para engordar, mas dá para falar tentando enrolar o povo que o ouviu no jantar e fora dele. Disse o PC "que se lixem as eleições". Como se alguém acreditasse nisso, muito embora muitos dos presentes tenham perdido o apetite e cá por fora Portas e toda a sua prole política também não tenham gostado da ementa do chefe dos laranjas. E o que terá pensado a oposição. Certamente o mesmo: que se lixem as eleições. Pois Seguro não está seguro nessa coisa do povo votar...

segunda-feira, 23 de julho de 2012

GUERRA NO BOXE

O boxe do Leixões tem uma madrinha "KO" na música. Trata-se de Rita Guerra. Na foto ela está com a gloriosa camisola vestida, ao lado de seu irmão e atleta da modalidade Pedro Guerra e do mentor da mesma Fernando Peneda. Ora digam lá se a bonita camisola não fica bem no corpo da famosa cançonetista. Ela esteve a assistir ao Leixões-Rio Ave e conversou com o presidente Carlos Oliveira. É que o Leixões não é só chuto na bola. E pode ser que a Rita seja necessária para um soquito a alguém...

É PRECISO TER LATA

Realmente é preciso ter lata! No actual conhecimento das contas do 1º semestre, o Governo atirou foguetes e apanhou as canas porque as despesas com pessoal tiveram uma descida. Ora não podia acontecer outra coisa. O corte do subsidio de férias aos funcionários públicos e pensionistas só podia resultar em tal. Ora governar, poupar, à custa de quem trabalhou ou já trabalhou, é fácil para quem corta, mas é desesperante para quem sofre o corte.
Sofre-se duas vezes: com o roubo do dinheiro do bolso e com depois a alegria de quem nos roubou. Grandes políticos. E não há quem os corte do mapa!

sábado, 21 de julho de 2012

DIFICILMENTE HAVERÁ IGUAL

Foi hoje a sepultar o professor. José Hermano Saraiva, um nome controverso para os políticos nascidos do 25 de Abril, tal como o fora para uma grande maioria do Estado Novo. Um Homem de Portugal, um Homem da História e que a sabia contar como ninguém. Dificilmente haverá um comunicador igual. Só Agostinho da Silva esteve perto dele, tal como Vitorino Nemésio.
O professor Saraiva acabou no mundo dos vivos, mas continuará, graças à ciência, a poder estar no serão dos portugueses através da TV na reprodução da sua memória. Pena que muito poucos se foram dele despedir. Hipócritas e falsos portugueses.

DESTA VEZ ESTOU DE ACORDO COM ELE

Já conheço Pinto da Costa há 50 anos. Convivemos e discordamos como delegados do Leixões e FC Porto, na Associação de Patinagem, convivemos no mundo do futebol, deixe de o considerar desde que "ordenou" a agressão a meu filho no Estádio do Restelo, mais me afastei quando ajudou o Leça e não "gostava nada" do Leixões, afastei-me mais nas guerras e no prejuízo moral que tem dado ao futebol e desporto nacional, mas, neste momento, faço um acto de contrição, pois estou com ele quando afirma que se "o Governo ordenasse um imposto sobre as noticias falsas que proliferam nos jornais, estava salva a pátria", ai, aí estou com ele. Como velho e reformado profissional da comunicação social, realmente sinto vergonha pelo que leio. Tem razão, caro Pinto da Costa. Mas só hoje.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

O NOSSO HENRIQUE

Conhecemos o Henrique desde menino e moço. Sempre atento o que se passava a seu lado. Voluntarioso, impulsivo até. Aos 18 anos, na qualidade de seleccionador de juniores da AFPorto, eu seleccionei-o e ele foi o esteio da equipa. Estava ali a nascer gente grande. Foi treinador vitorioso, em Portugal e no estrangeiro. Não se perde só no futebol e consegue fazer pontes até na área de relações económicas. É um verdadeiro embaixador. Foi um raro político sério. É, neste momento, uma figura importante na salvação e estabilidadade do seu Leixões.
Merece esta minha nota respeitosa. E de toda a gente que como ele gosta de Matosinhos e do Leixões.

AS CASTANHAS TAMBÉM?!

A nova determinação do Governo obrigará, a partir de 1 de Janeiro de 2013 que seja obrigatório a passagem duma factura na compra de uma bica, do almoço, do papo-seco na padaria com um cheirinho de manteiga, no corte do cabelo, no saborear de uma fartura na feira, na compra duma lingua da sogra, de um gelado e das saborosas castanhas. Um mundo de escrituração. Feitas as contas, um agregado familiar de quatro pessoas terá de juntar 36.322 facturas para conseguir descontar 250 euros no IRS. E uma nota importante, não esquecer nunca o seu número de contribuinte. Conclusão: já ninguém sabe o que diz e o que faz. 

quinta-feira, 19 de julho de 2012

OBRIGADO, CARLOS OLIVEIRA

O Leixões venceu mais uma crise. A nona ganha, seguida, por Carlos Oliveira. Atingiu o limite do aceitável. Matosinhos deve ter vergonha por obrigar este homem a defender o Leixões que nem sequer é o clube da sua terra natal. Por isso deve ser ouvido e agradecido, ouvido e ajudado. O que não tem acontecido.
Obrigado, Carlos Oliveira. Viva o Leixões!

COMO NOUTROS (MAUS) TEMPOS

O ministro da Defesa, de quem esqueci o nome, reagiu da forma que reagiu às palavras (certas) de D. Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas, quase insinuando a sua despromoção e, se possível, o exílio. Pecado do Bispo: falar verdade, a verdade sem medo, que a Igreja Católica deve pregar e não ficar aninhada, quase tremeliques de receios, ao reagir ao diferendo ministro-D. Januário.
Fez-me lembrar esta situação a carta-aberta de D. António Ferreira Gomes, então Bispo do Porto a Salazar. Ou não lembra?
Pobres consciências ou desconhecimento, sobretudo do ministro que devia ser uma criança quando tal aconteceu.
Neste momento de sofrimento dos portugueses as palavras de D.Januário são uma benção, como foram as de D. António e as de D. Manuel Martins, nos tempos negros da margem sul do Tejo. E aí, também Cavaco não gostou. É que os políticos não pecam...

terça-feira, 17 de julho de 2012

QUE DEUS O AJUDE

D. Januário Torgal, só podia ser Bispo das Forças Armadas, mas de Abril. As suas palavras abrem as portas à revolução. Ele diz aquilo que diria Cristo se por cá voltasse à andar, na era das novas técnicas da comunicação. Não deve nada à política partidária, mas sim à política de solidariedade, de bem estar do povo, da justiça. Sabe colocar o dedo na testa dos pecadores e que são muitos. Por isso eles reagem, mal. Por sua vez, a Igreja Católica, como sempre fez ao longo dos tempos, encolhe-se e olha para Januário como olhou para Manuel.
Que Deus o ajude, D. Januário. Pregue uma penitência dura a esses pecadores que estão infernizar a nossa vida, os tais "diabinhos negros".

domingo, 15 de julho de 2012

GOOOOLO DO LEIXÕES E DE MATOSINHOS

Goooooooooooooooooooolo! O Leixões venceu, Matosinhos ganhou. Há um sinal de felicidade no rosto de Carlos Oliveira e da gente, quase toda a gente da cidade. Afinal, ainda não foi desta que o clube morreu ou que o mataram.
O Leixões vai voltar a pisar a relva do Estádio do Mar. Carlos Oliveira, pela NONA VEZ conseguiu o milagre, mas não há espaço para continuar a manter esta vida.
O Leixões e Matosinhos vão ter de ter outro comportamento. Só poderá ter ambições de acordo com as suas posses, com o investimento dos matosinhenses e dos que vivem de Matosinhos. Há que dar, por outro lado, oportunidade aos nossos "bebés", deixando de permitir que vistam as camisolas rubro-brancas gente que vem ao clube para se promover ou dar uns chutos na bola sem empenho a não ser receber o salário.
Parabéns aos gestores do Leixões Sport Clube e, sobretudo do Leixões Futebol SAD. Obrigado pelo empenho e pelo sofrimento sofrido. Obrigado, Carlos Oliveira, o verdadeiro "ponta de lança" que marca, todos os dias, golos de esperança.
E, agora, leixonenses, muita união e compreensão. 
E aqueles que estavam à espera do fim, pois que continuem a esperar.

sábado, 14 de julho de 2012

TREINADOR DE FUTEBOL + 4

Numa discussão interessante sobre os gastos do futebol, falou-se nos exageros dos técnicos e das despesas inerentes à preparação.
Um clube contrata um treinador e logo tem de contratar, pelo menos mais três ou quatro. É o adjunto, o treinador de guarda-redes, o preparador físico e o olheiro. São os estágios de pré-época a quilómetros e quilómetros da sede clube, as despesas de deslocação e alojamento, etc, etc. Depois durante a prova são também os estágios, o material de treino e uma equipa, se possível de 18 ou 19 jogadores para cada partida. Não há dinheiro que chegue e só um ou dois é que tiram resultados lucrativos disso.
Eu sou do tempo em que o clube só tinha um treinador e este era pau para toda a obra. A pré-epoca era feita em Matosinhos, local onde durante a época se jogaria, a praia de Matosinhos e o pinhal de S. Brás (Pedroto dizia que era dos melhores locais de treino e oxigenação que conhecia). Mas agora os tempos são outros, apesar do dinheiro ser menos ou quase nenhum.
Ora, pegando nesta reflexão, a nossa opinião é que o Leixões deverá ter um bom treinador e dentro da casa arranjará um bom adjunto e que também seja preparador físico. Os guarda-redes não é dificil um dos dois treinadores os treinarem, pois conheci um treinador (camepão no Leixões) que não sabia chutar e os treinava com a mão...
O treino da ´pré-época tem um Estádio do Mar capaz, uma praia imensa, um parque da Quinta da Conceição, um monte de S. Brás, e um local de alimentação capaz de entrar numa colaboração interessante. E, para jogo, apesar da Liga agora permitir que possam estar no banco 23 jogadores, 16 já é número suficiente. E até, porque normalmente, o treinador já tem os seus 10 preferidos...
Vamos lá poupar, inovando.

A DESGRAÇADA MENTIRA POLITICA

Realmente a mentira tem perna curta. Continua-se a falar na injustiça do Tribunal de Contas não autorizar a Câmara de Matosinhos a comprar o Estádio do Mar, por seis milhões de euros. Repetimos, seis milhões em 10 anos. A Câmara, ainda, no valor proposto deduziu o já gasto na construção da bancada!
Ora que se saiba, o Tribunal de Contas, nunca levantou a voz para as centenas de milhões que foram gastos e muitos ainda estão para pagar, com o Estádio Municipal de Braga, Aveiro, Coimbra, Leiria e Algarve, entre outros.
Matosinhos que construiu - E PAGOU - o seu estádio com o dinheiro do seu povo, sobretudo do que labuta no mar, é alvo duma decisão cega, a cheirar a incompreensão a que alguns chamam perseguição. E, como se não chegasse tamanha cegueira e mau comportamento, há tristemente em Matosinhos, como é o caso do Padroense, quem apoie a censura do TC, não se lembrando que o parque desportivo magnifico que possui foi na sua quase totalidade pago pela Câmara de Matosinhos. É o raio também da luta política, mas embrulhada mentira. Uma lástima.
Acresce que todos os clubes do concelho possuem instalações desportivas que são municipais ou pagas aos clubes pelo Munícipio. Que apareça quem me queira desmentir, sobretudo os muitos amigos que temos no Padrão da Légua. Mudam-se os tempos e os líderes politicos e mudam-se as vontades. Nem que tenha de entrar em campo a mentira.
Também aqui o Leixões merece justiça por parte do Tribunal de Contas. Também aqui o Tribunal de Contas deve apreciar a lisura da proposta da Câmara ao Leixões. Também aqui, alguns clubes de Matosinhos devem ser gratos e não ingratos, devem ser de Matosinhos e não de outras paragens.   

UNIÃO FAZ A FORÇA E O MILAGRE

A vida do Leixões está a necessitar cada vez de mais da força e união de todos os leixonenses e matosinhenses. Tem de banir, sem qualquer receio, todos aqueles que procuram ser falsos seguidores, impostores e outros vítimas da cegueira política.
Carlos Oliveira, em vésperas da festa ao Mártir S. Sebastião, aparece flagelado pelos mais diversos ataques, num calvário de cerca de nove anos, com os bons leixonenses, que geram a "união leixonense", a pedir-lhe que faça o quase impossível para não deixar o clube e a procurarem desagravar o presidente e a sua equipa admnistrativa da SAD, vítima duma legislação cega e duma Justiça que interpreta tal cegueira.
A SAD do Leixões que tem vindo a entregar um valor de 400 e tal mil euros, que estabeleceu um acordo e que tem vindo a cumprir, faltando somente menos de metade daquele valor, não foi absolvido pelo interesse demonstrado, antes lhes foi colocada  a decisão de prisão pelo crime "hediondo" de não cumprirem: nove meses de cadeia, com pena suspensa! Gestores que nunca usufruiram de qualquer cêntimo pelo seu trabalho, antes, o presidente foi ao seu bolso buscar valores avultados para acudir a pressões de gestão.
Mas o povo do Leixões não se cala e não aceita, sem apresentar as suas razões em recurso. Então, se voltará a discutir o "crime do Leixões".
Numa reunião na noite da passada quinta-feira, Carlos Oliveira esteve reunido com leixonenses, que fazem parte da "União Leixonense". Disse da sua mágoa, historiou o caminho de calvário que tem sido a sua vida no clube, abrindo caminho para se afastar do mesmo, entregando a sua cadeira a quem se mostrar capaz de resolver a situação de grave crise do Leixões.
Contestou a dureza da pena sofrida, mas mostrou-se convicto que a mesma, após recurso, dirá da injustiça da mesma.
Historiou perante mais de uma centena de associados o que tem sido a sua existência à frente da SAD, o sacrificio de nove anos consecutivos para inscrever o clube nas provas nacionais de futebol, bem como sublinhou que "ao contrário do que muitos dizem, nunca precisou do Leixões para o seu sucesso empresarial, agora ainda mais enaltecido pela sua empresa ter sido considerada a melhor empresa nacional no sector de sinalização". Focou, ainda que, para além desse sucesso, já está a trabalhar em Cabo Verde, Angola, Moçambique e outros países.
Disse, ainda, da sua mágoa por muita gente cega pela política que querem afectar o Leixões e outros por interesses pessoais. Deixou bem expresso onde está a ferida. E o povo leixonense percebeu-o.
Informou das negociações a que se tem votado, dia e noite, para, mais uma vez, inscrever o clube, deixando a nota importante que o clube não acaba e vai ser inscrito, mas terá de viver ainda mais dentro de um orçamento mais apertado, contando cêntimos a cêntimos.
Todos os presentes, com aplausos, seguiram as palavras de Carlos Oliveira.
Presente na reunião, por breves momentos, o presidente da Câmara, Guilherme Pinto, que para além de historiar a vida de Carlos Oliveira no clube, foi ali desagravar a situação dele e dos seus colegas de Administração pela sentença, para ele injusta, da Justiça ao julgar o processo duma falta de entrega de imposto que está a ser entregue, mercê de um acordo, mas que a Justiça decidiu sobrelevar o crime que a lei (mal) prevê.
O autarca crê em melhores dias e abraçou o presidente leixonense.
E a noite prosseguiu. Carlos Oliveira a todos falou e ouviu, deixando a certeza que a semana que aí trará boas novas, e um clube baseado na realidade financeira que possue, irá lutar, com gente jovem, se possivel com gente de Matosinhos. Deu ainda a conhecer que existe a possibilidade da entrada na SAD de investimento duma empresa internacional.
Em suma: a união está a fazer a força. Carlos Oliveira certamente que não dormiu melhor, mas o conseguir ter desabafado lhe fez bem. Obrigado, Carlos Oliveira.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

VAMOS MOSTRA QUEM SOMOS E O QUE VALEMOS

Este homem - Carlos Oliveira - e mais os seus três colegas de Administração da SAD do Leixões, estiveram hoje sentados no banco dos réus do Tribunal de Matosinhos, ouvindo uma sentença de prisão de um ano, com pena suspensa, mas com o carimbo de "criminosos". Ouviram o douto tribunal, sem apelo nem agravo, a tratá-los como malfeitores continuados. 
Não queremos discutir esta pedrada da Justiça, mas queremos pois, mais uma vez, a Justiça julgou e condenou gente de bem, gente solidária, gente competente, exemplos na sociedade, só porque se dedicaram a uma causa que é de Matosinhos, lutaram e sofreram dificuldades e na hora do julgamento pela simples falha do não pagamento ao Estado, foram tratados como um qualquer cadastrado. O seu estatuto de gente de bem para nada serviu. A sorrir, andam aí à solta, devedores de milhões, essas sim associações de malfeitores. E alguns até são condecorados.
Por isso, nós todos, sobretudo os leixonenses, devemos procurar e conseguir desagravar esta gente boa que se dedicou até à exaustão fisica, financeira e moral pelos nossos ideais.
A hora é de chamada geral. Os que bateram nas costas de Carlos Oliveira - e que agora não se sabe aonde param! - terão de surgir a seu lado e ajudá-lo a suportar a ciclópica crise que o Clube atravessa, incluindo o seu próprio desaparecimento.
A comunicação social já começou a tratar-nos com gente fora da lei, a colocar ainda mais pedras no caminho do Leixões. Nós não somos clube grato para muitos e alguns dizem ser vizinhos amigos.
Vamos à luta. Sou um leixonense velho, mas o que puder por ajudar e por não deixar enlamear aqueles que, sem qualquer benesse, se entregaram ao nosso Clube.
Carlos Oliveira, Fernando Rocha, Sílvia Carvalho e Rui Costa, obrigado pelo vosso sacrifício e martírio da alma. 
Nós temos de limpar o bom nome desta gente e do Leixões. Como? Lutando em todos os espaços da cidade e fora dela. Somos gente e os nossos antepassados não nos perdoariam se ficássemos quietos ou vilmente entretidos na intriga.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

MIAU

Acabei de deitar foguetes por uma neta e ia esquecendo a irmã. Já temos mais uma licenciada e esta em Enfermagem Veterinária. Andou lá por Bragança, pisando a relva, não o Relvas e, agora, venha o gato com reumatismo, o cão com a voz rouca, o canário com o bico inflamado e a vaca com o leite estragada. A Joana, zás, é só calçar as luvas. Parabéns, neta. Não aleijes muitos os bichinhos.

A MINHA NETA MAIS VELHA

Realmente estou velho, mas feliz. A minha neta mais velha - a Inês - já é a senhora doutora (só srª. drª.). Quem diria que aquela coisa pequenina e rosadinha, num instante cresceu e agora já tem no bolso a licenciatura sobre Línguas e Ciências Políticas. Mas fez as cadeiras todas e nos anos não necessárias. Não foi como o ministro Relvas. Parabéns, minha querida. Falta agora ter sorte e aparecer o emprego.

COITADOS DOS JUÍZES

A decisão do Tribunal Constitucional sobre a inconstitucionalidade do corte do 13º. e 14º. meses, a confusão havida no Ministério das Finanças, está a provocar uma onda que vai constituir um "tsunami" nos tribunais. Requerimentos e requerimentos vão dar entrada, sobretudo dos funcionários públicos a reclamar da ilegalidade e a querer o dinheiro de volta. Eu não sou funcionário público, mas sou aposentado e também me meteram a mão no bolso. E que falta me fez. Ai, não perdoo, mas também não hesitarei em entregar o meu papelzinho para o que me roubaram volte à posse dono. Ou há moralidade ou comem todos.

AQUI, SOMOS OS MAIORES!

Diz quem sabe, segundo os números e o que vamos vendo por aí, nas esquinas e nos sítios mais recônditos, alguns fechados em casa com a vergonha, Portugal é o país da zona europeia com o maior índice de pobreza. Infelizmente somos os maiores nas piores situações. E não sabemos quando isto é que vai virar. Ou estou enganado. Tudo tem limites.

RICOS MAIS RICOS E POBRES MAIS POBRES

Segundo a OCDE, apesar do que dizem por aí certos políticos no poder, Portugal é o país dentro da jurisdição daquela organização em que os ricos estão cada vez mais e os pobres, coitados deles, cada vez mais pobres. Trata-se duma situação que já não se registava há muitos anos, apesar do blá-blá politiqueiro.

terça-feira, 10 de julho de 2012

V E R G O N H A!

Segundo recente relatório do comissário do Conselho de Europa, em Portugal estão a emigrar crianças para trabalho infantil e idosos a serem retirados idosos dos lares para as famílias receberem as reformas. Estamos a caír no mundo sem vergonha e sem respeito pelas crianças e pelos velhos. A estes já o Estado lhes quer também antecipar o dia do ponto final através do acesso aos cuidados médios e aos medicamentos. Um país a meter nojo!

ATENÇÃO, MATOSINHOS!

É verdade, caros amigos, querer é poder. Nesta hora em que o Leixões vive de incerteza de continuidade e o seu Presidente Carlos Oliveira, apesar de vergastado pelas chamadas urgentes sobre a área de gestão, de desaires desportivos e de clamorosa falta de apoio para fazer face a uma situação de falência económica e financeira, herdada de tempos em que o gastar não era problema, porque quem viesse atrás fecharia a porta, em que é chamado a Tribunal para responder por faltas que foram cometidas por falta de apoio de todos nós, há que tomar uma atitude, ou não se paga a ninguém e a SAD é tornada insolvente, não podendo o clube ser profissional nem concorrer a provas nacionais, ou, então, voltamos ao clube de 1917, mandando as camisolas rubro-brancas para os distritais da Associação de Futebol do Porto.
A acontecer estas situações é uma vergonha para Matosinhos em mais de 100 anos de história.
Há necessidade urgente de haver quem se junte a Carlos Oliveira e o apoie a resolver tão dramática situação.
O Leixões não pode ter 2.000 sócios contribuintes, enquanto o FC Porto, em Matosinhos terá 10 vezes mais!
O clube tem direito a ser considerado como o mais importante no concelho e como tal ser tratado por quem governa a nossa terra, sem medo das reacções doutros clubes (Leça, Infesta, Perafita, Lavrense, Lusitano de Santa Cruz, Desportivo de Leça do Balio, Custóias e Padroense, tem parques desportivos com cerca de 100% de investimento municipal) da posição inadmissível do Tribunal de Contas no que respeita à venda do Estádio do Mar à Câmara Municipal, com argumentos que não teve para a construção dos estádios de Braga, Aveiro, Coimbra, Leiria e Algarve!
Estamos aqui a fazer uma chamada geral aos meus concidadãos para que se inscrevam como sócios e a tentar sensibilizar empresas como a GALP, APDL, JP SÁ COUTO, UNICER e tantas outras, pois com um pequeno e constante esforço poderão respeitar o povo e a terra de Matosinhos que tem no Leixões uma das realidades queridas da sua longa história.
Não admitimos que não sejamos compreendidos.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

ESTE HOMEM NÃO PODE SER MALTRATADO

Este homem não pode ser maltratado. Há oito anos que serve o clube e há oito anos que vai ao seu bolso para o salvar em momentos críticos. Já lá tem mais de DOIS MILHÕES de euros. 
Mesmo que com este sacrifício não faltam os abutres que, todos os dias, o pretendem atacar.
Apesar do seu esforço e dado que Matosinhos não quer saber do seu principal clube, são mais que muitos que deixam correr e, se possível, sobretudo certa camada de políticos, tratar de o asfixiar. Viram na tentativa de venda do Estádio do Mar aquilo que só podem ver os vesgos, os mentirosos, os oportunistas, alguns deles, com algum poder, influenciando as decisões superiores.
Os problemas financeiros, na sua maioria carreados há mais de oito anos por gestões danosas, que este homem tentou e tenta ultrapassar, através duma política de administração firme, correcta e transparente, são enormes, e se se paga o que vem de ontem, não chega para o que acontece hoje.
Sucedem-se os problemas com pagamento de salários, ao Estado e a outros credores com o Carlos Oliveira a ir ao bolso. Mas chegou ao fundo do mesmo. Não há mais. E Carlos Oliveira não paga mais. E faz bem! Matosinhos quer acabar com o Leixões, pois que acabe. Já outros morreram. Ficarão felizes aqueles que não gostam de Matosinhos e muito menos do Leixões.
É a FPF a retirar três pontos; é um trabalhador, sabe-se lá com que razões, a fazer ameaças de provocar a insolvência da SAD e a impossibilidade do clube competir em provas nacionais. É o Estado a ser um problema dificil de ultrapassar, quando milhões e milhões estão por receber oriundos de grandes falcões  que jamais farão contas. Mas para esses a vida continua na "primeira divisão".  É a Câmara atada de pés e mãos e a nem sequer vir para a rua fazer barulho, acordar a população que pode ajudar. São alguns políticos, muitos deles que nem são de Matosinhos, nem conhecem o Leixões, a criar problemas para decisões que são escorreitas, claras, sem quaisquer pontos obscuros ou de negócio.
Se Matosinhos não acordar, caro Carlos Oliveira, não vale a pena. O seu dinheiro, o seu muito dinheiro e saúde já envolvidos, não terão retorno, mas Matosinhos e o Leixões não merecem ter um servidor como o senhor.
Que acabe o Leixões. Uma maioria de matosinhenses bem o merecem.

UM LEIXONENSE INESQUECÍVEL

EDISON DE MAGALHÃES


Dentro de dias faz 38 anos que tragicamente faleceu o dr. Edison de Magalhães. Não foi só a família que ficou de luto, nem o Leixões, nem o futebol português, foi Matosinhos. Hoje, se fosse vivo, teria 81 anos e certamente com os "novos tempos" que ele mal conheceu, Matosinhos teria recebido da sua dinâmica e da inteligência uma mais valia incalculável.
Era controverso, levava tudo na sua frente, mas vivendo numa época que até era os "olhos lindos" de Henrique Tenreiro, nunca se serviu dessa qualidade: só pensava nos pescadores e no Leixões. Muito sofreu a família com o seu "casamento" com cidade. Um homem a quem nunca vi dinheiro na sua mão. O dinheiro para ele não tinha valor.
A família ainda o chora e chorará, mas Matosinhos e quem o conheceu também não esquece, um homem que ficará a marcar para sempre nesta terra, enquanto houver pescadores e o Leixões.
Nesta hora decisiva na existência do Leixões, Edison, mesmo nos seus 81 anos não pararia um só momento para revolver céu e terra para salvar o seu clube.
Edison, no sítio em que estiveres, lembra-te de nós e do nosso Leixões.

FOI HÁ 51 ANOS!

É verdade. Foi a 9 de Julho de 1971 que o Leixões foi a casa do FC Porto para ser degolado como vencido da Taça de Portugal. Estava tudo preparado para a festa azul e branca. Havia sorrisos portistas por toda a parte, pois nunca houvera uma situação igual, ou seja, a Taça ser disputada em casa de um dos finalistas e, ainda por cima, considerado um campeão e o clube do outro lado da Circunvalação um pequenote com ares de grandeza anunciados durante uma campanha de fazer inveja.
Na tribuna não faltava ninguém, inclusivé lá estava o Presidente Américo Tomás e todo o seu séquito.
A malta do Leixões lá estava, em força, mas ciente do seu tamanho, no cantinho das escadas de pedra do Estádio das Antas.
Mas depois é que foram elas. O grandalhão FC Porto não atinava com a baliza dos de Matosinhos e o Rosas ali estava a dizer que era um dos melhores guarda-redes portugueses. Por seu turno, Osvaldo Silva, tinha contas a fazer com os portistas e causava calafrios na defesa da casa. Afinal a festa anunciada estava retardada. E mais retardada ficou quando do primeiro golo do Leixões. As Antas vestidas de azul gelaram e mais geladas ficaram quando surgiu o segundo golo. Foi o delírio. Faltavam 15 minutos para acabar o jogo e entregar a Taça ao Raúl Machado e já os portões do estádio se abriam para irem saindo os portistas que, ainda hoje, não perdoam ao Leixões tanta falta de respeito.
Em Matosinhos foi o delírio e, ainda hoje, quando se quer calar um adepto azul e branco, não há como lhe falar no 9 de Julho de 1971.

COISAS QUE A DEMOCRACIA TECE


A Democracia tem destas coisas. Qual destes dois é que sujeitou a eleições? E que o povo votou. A quem acertar oferecemos um vale de compras ou o direito a votar em branco próximas eleições.

A MENTIRA DO FUTEBOL

Ninguém tenha dúvidas: cada vez o futebol é mais uma mentira. Para além de andar a enganar o povo e a ludibriar um país em desgraça, é uma mentira constante.
Ouvimos e lemos a comunicação social e vemos o drama e os encobrimentos, nalguns casos a cheirar a crime, para que os clubes se possam chamar profissionais.
É tudo mentira. Os três maiores clubes - FC Porto, Benfica e Sporting - se a torneira da Banca fechar, nem que seja um pouco, desata-se um desatino financeiro naqueles clubes. São milhões de dívidas à banca, que recebe juros elevadíssimos, e que na maioria dos casos tem penhorados os chamados craques.
Todos os dias, nos tempos de preparação das equipas, chegam de todas as partes do mundo vedetas, pagos a bochechos, graças à banca e ao mundo de gente que vive à custa do futebol, gente de todos os quadrantes de comportamentos, verdadeiros vendedores e exploradores de carne humana.
Os jovens portugueses, muitos deles pomposamente referenciados como formados em Academias, acabam ou por emigrar ou acabarem por clubes modestos, numa maioria sem preparação para a vida.
Os outros clubes, sem serem os chamados grandes (?) vivem no limite da insolvência. Contam-se pelos dedos de uma mão aqueles que possuem a sua vida organizada. O resto, meus senhores, está tudo prestes para ir para o maneta.
Começam a chegar os grupos ditos financeiros, que não conhecemos de parte alguma, alguns até dos países emergentes para quem a bola ainda é pouco mais do que quadrada, a quererem comprar clubes na desgraça. Outros clubes, os seus dirigentes, como pedintes, andam pelas secretarias do Estado para conseguirem o perdão e o adiamento do pagamentos das suas dívidas. Há milhares de futebolistas que assinem documentos em que dizem ter recebido aquilo que não receberam e não sabem se vão receber.
Um mundo de mentira. Mas o povo não se interessa por isso. O que quer é que a bola role. Não quer saber como. Não quer saber se muitos dirigentes se desgraçam com tanto ir ao cofre pessoal. Nada disso. O que é preciso é que a bola role e que haja muitos jogadores novos.
Está tudo louco e ninguém coloca a mão nisto. Os presidentes da FPF e da Liga tem a obrigação de chamar a atenção: só pode ter clubes profissionais quem tiver dinheiro para isso. Todos os outros devem jogar o que chamaremos "futebol limpo", "futebol sério" e nada de mentiras que duram 10 meses.
Este ano já alguns clubes acabaram e outros, para surpresa de alguns, vão a caminho.
O nosso futebol é uma mentira. Descarada! E não há quem mande neste país e que mande colocar tudo num plano de seriedade. O que é preciso é que o povo tenha a bola para delirar. Já o outro também assim fazia.
Todos deliramos com os feitos do nosso futebol e não só ao nível de selecções. Mas a nível nacional, por cima tudo são rendas, mas por baixo nem fraldas há...

domingo, 8 de julho de 2012

ISTO NÃO É PARA RIR

Voltamos à vaca fria porque Portugal em peso está no cepo. Portugal inteiro não será bem, pois há uma percentagem que não estará nada incomodado pois as suas poupanças e roubanças estarão a bom recato. 
Mas a partir de amanhã, dia de trabalho e para quem não tem, a cabeça vai começar a andar à roda, pois pelo que se ouve os trabalhadores do privado é que vão agora levar com a espada na cabeça, enquanto os funcionários públicos e os desgraçados dos pensionistas vão-lhe roubar mais um tanto. 
Vai haver igualdade na miséria.
Não se irá mexer no IRS e nas suas tabelas, sobretudo nos escalões superiores; não se irá colocar uma meta séria para os administradores; não se irá ver as contabilidades e os custos que muitas imputam para que o IRC não cresça; não se afia o lápis para as despesas na função pública, nas mordomias dos gabinetes e não se mexe na legião de institutos. Há muito para cortar.
O tempo não é para rir, pois pode estar a rebentar uma tempestade com cachoeiras de lágrimas. Tudo tem um limite.

sábado, 7 de julho de 2012

E AGORA?

O Primeiro Ministro e o ministro Gaspar não devem conseguir dormir. Os juízes do Tribunal Constitucional criaram um problema dos diabos. O roubo dos 13. e 14º. meses foi detectado e terá de ser devolvido. Mas o "Trio Maldito" da Troika não vai dar jeito nenhum. Certamente que vão continuar cegos e surdos, isto por Portugal ser muito pequenino.
E que vai fazer Passos Coelho e seu contabilista?
Carregar mais nos impostos. Não vai caír nessa, pois se assim for, finalmente, os portugueses vão acordar. E podem acordar estremunhados...
Apontar às despesas das PPP e dos milhares de institutos, alguns dos quais nem se sabe se existem e se existem para que servem.
Apertar os calos aos ricos e arranjar maneira de fechar a fronteira à fuga dos capitais. Já se fez e se for preciso que se faça outra vez.
Pires Veloso - um homem sério de Abril - disse-o um dia destes que 
não lutará por uma revolução, mas sim por imposição. E na imposição pode haver força, dizemos nós.
Que nenhum dos nossos governantes se lembra de apertar o gasganete do povo. Ele já não pode mais. E sabe que ainda há muitos sítios em que se pode ir buscar dinheiro. Há muita gente com os bolsos cheios e muitos outros a gastar à farta, excessos que são do povo.
Cuidado, pois. Muito cuidado 

NOITE QUE O POVO FOI APLAUDIDO

Na noite da passada de festa o povo de Matosinhos foi aplaudido, distinguido. A Junta de Freguesia de Matosinhos, presidida por António Parada, entregou galardões a "Gente da Nossa Terra". Mais uma vez.
Depois das palavras introdutórias do líder da autarquia, foram entregues os seguintes galardões, depois de ouvida a justificação do prémio, através da leitura do curriculo de cada um.
Receberam a distinção o dr. José Fleming de Oliveira (Ciência), Rancho Folclórico Vareirinhos de Matosinhos (Artístico), Arnaldo Silva (Cultura), eng. Luís Carlos Machado e Nicolau Vaqueiro (Desporto), dr. Albino Valdemar Madureira e Joaquim Queirós (Civismo), Abel Reis Pereira e Internato de Nossa Senhora da Conceição (Benemerência), Conservas Nero, Domingos Norberto Oliveira e mestre Emílio Silva (Profissioanl), e drª. Juíza Joana Salinas e dr. José Manuel Soares de Oliveira (Especial).
Uma noite longa e grande de reconhecimento. Parabéns à Autarquia.
Actuou (e bem) um grupo de música popular de Matosinhos, para nós desconhecido, mas de grande valor artístico. 

quinta-feira, 5 de julho de 2012

E AGORA?

Aconteceu o esperado pelos ofendidos: o Tribunal Constitucional declarou inconstitucional o corte dos subsídios de Férias e Natal aos funcionários públicos e pensionistas. Mas o subsidio de Férias já lá vai. Os juizes dizem que a decisão só terá efeitos em 2012. Ora, diz o povo e quem ficou sem o dinheiro: então ainda não há tempo para salvar o Natal no Orçamento Rectificativo? A massa em causa não poderá ser recolhida nas gorduras estatais que ainda não foram cortadas? E os milhões que estão a engordar a banca não podem esperar? E, em 2012, então, rape-se um bocadinho a cada um (mais um sacrificio), mas de maneira que toque a todos e não só aos funcionários públicos e pensionistas. Era de prever, senhor Primeiro Ministro. Era de ter em conta, senhor ministro Gaspar. E agora?

SÓ PARA RIR

Miguel Relvas chega à porta da sala de aulas da Lusófona: "Mestre, dá licença". Mestre responde: "Está licenciado".

E ASSIM ACABARÁ PORTUGAL!

Segundo os dados estatísticos  no primeiro semestre de 2012 nasceram menos 50% de crianças do que em igual período de 2011. As causas são variadíssimas desde o começar na crise até à nova forma de vida das mulheres que tiveram de deixar de ser mães para serem também fontes de receita de trabalho. Acresce, igualmente, o novo relacionamento dos casais, mas é essencialmente a questão económica. Hoje quase nenhum casal pode ter um filho antes dos 30 anos. E neste limite tem de ser só um. O país vai começar a perder cidadãos. Os números de nascimentos agora registados nos primeiros seis meses é da ordem dos 44.000, o número menor desde que há registo de natalidade.
É premente a necessidade do Estado abrir a possibilidade de apoio desde o berçário e não só aos quatro anos de idade (creche). Os portugueses não podem pagar os cuidados privados que, no mínimo, custam 300 euros mensais. E a grande maioria dos pais não podem.
Acresce que ao índice de 1,4 filhos por casal português, temos uma invasão de emigrantes de países cujo índice anda por volta dos 4/6 filhos, o que nos leva a considerar que a população portuguesa terá de suportar uma percentagem nunca imaginada de outros povos.
Um grave assunto para ser tratado por quem deve e ao qual a sociedade portuguesa não pode ficar alheia.
Na Alemanha as mães deixam os empregos e ficam em casa a criar os seus filhos e, mais tarde, têm o direito a reforma de maternidade.
Outros países que não este acanhado país que nasceu com o filho zangado com a mãe...

quarta-feira, 4 de julho de 2012

FUGI? EU NEM OS VI...

O Primeiro Ministro esteve em Braga, mas fintou os trabalhadores que estavam à sua espera para uma recepção com bandeiras e contestação. Na Universidade do Minho, Pedro Passos Coelho entrou pela porta da cozinha e deixou a malta contestatária sem soprar no apito. O Chefe do Governo não poderá fazer destas habilidades muitas vezes porque quem contesta começará a saber distribuir-se no terreno. E lá vai a democracia para o galheiro...

SÓ NÃO É DOUTOR QUEM NÃO QUER...

É verdade, só não é doutor ou engenheiro quem não quer. Depois do diploma do eng. Sócrates, agora aparece o ministro Miguel Relvas a tirar um curso de três anos, com 36 cadeiras, num ano só! Também numa universidade particular. Ouvimos que há por aí uns políticos que, também, numa universidade particular, tem tirado as suas licenciaturas. Para ser doutor, pelos vistos, basta dar um pontapé numa pedra...

terça-feira, 3 de julho de 2012

UM AVISO PARA MUITA GENTE

Segundo notícias de última hora, o Supremo Tribunal Administrativo sentenciou que o eng. Macário Correia deva perder o mandato de presidente da Câmara. O processo refere-se ainda quando ele presidia à Câmara de Tavira, sendo acusado de violação do Plano Director do Algarve. A noticia não refere se a sentença irá  ter reflexos no actual mandato de presidente da Câmara de Faro. 
Um sinal importante para muita gente. Para muitos presidentes.

PERDEU O PODER, LIXOU-SE

O ex-presidente da França, Sarkozy, mal deixou o Eliseu, caiu-lhe logo em cima a Justiça. Segundo os jornais o amigo do peito da senhora Merkel, foram feitas rusgas à sua residência particular e escritório de advogado. O processo refere-se a investigações sobre financiamento para campanha eleitoral. E é esta gente que anda a decidir pela nossa vida, quando ele sabem mas é tratar da vida deles.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

INDEPENDÊNCIA, JÁ!

A Madeira deixou de ser um jardim, um paraíso, para ser um inferno. Já não chega a buracola financeira cada vez mais funda, surgindo a falta de democracia e a cada vez maior violência física e verbal. Alberto João Jardim já fala em independência, sabendo que se tal acontecer, que não nos molestará muito, o tapar do buraco vai passar direitinho para os "cubanos". Mas, talvez valha a pena ver desaparecer a figurinha triste do presidente madeirense e não sermos testemunhas de um Coelho aos saltos. 

BICICLETA, AMIGOS, BICICLETA

Está visto, a bicicleta é que vai mandar. Segundo as entidades responsáveis, o registo de venda de automóveis é o pior mês de há 24 anos! Vendem-se 30 carros por dia. Está dado o sinal de stop a quem vive da construção e venda de automóveis. Já ninguém vai evitar que a bicicleta volte a mandar. Ninguém duvide.

QUEM MANDA ESTÁ EM CHAGA MENTAL

Não há dúvida que quem manda está com muito má saúde para discernir. Já não falo na cabazada de leis para esmagar o Zé e, especialmente para aviar a "carta de chamada" para o Além dos velhos e dos pobres. A chaga aberta na saúde com médicos, medicamentos, custos financeiros para quem precisa de ser atendido, surge agora a ofensiva contra os enfermeiros, uma classe essencial no atender de quem sofre. Querer ter enfermeiros com um vencimento inferior ao salário mínimo? Quem pretende tal, está mesmo a necessitar de um enfermeiro para lhe enfiar uma camisa de forças.

FUTEBOL EM OFF-SIDE

Aconteceu-me hoje. Sentado num café, em Matosinhos, ouvia uma conversa a quatro, muito acalorada, sobre o início dos treinos do FC Porto e Benfica. Um nunca mais acabar de argumentos e de força de vontade na defesa dos interesses de ambos os clubes. Três das quatro pessoas conheço-as há muitos anos como gente de Matosinhos. Não lhes ouvi um palavra sobre o Leixões, apesar de estar atento durante cerca de 20 minutos. Ainda ouvi um deles preocupado com a falência do Trofense. Quanto ao Leixões, nada. O Leixões, de Matosinhos, talvez a terra da maioria deles, a terra dos filhos, dos parentes e certamente a terra em que ganham a vida.
Saí da minha mesa com vontade de gritar: e o Leixões, porra!
Na verdade, começo a ter vergonha da minha terra, da maioria da sua gente. Tivesse eu idade e iria para longe, muito longe. 

INACREDITÁVEL!

Segundo os jornais, num hospital do interior, não há leite nem bolachas para o suplemento alimentar nocturno para os doentes diabéticos. Escreve-se, até, que chega a faltar a água! São ordens, dizem os responsáveis. É preciso cortar. Desejamos que o senhor ministro da Saúde não seja diabético e se for, certamente nos hospitais particulares não faltará nada. A ser verdade, é, na verdade, inacreditável!  

É DESTA GENTE QUE PRECISAMOS

D. Januário Torgal, Bispo das Forças Armadas, conservou o espírito do Movimento do MFA. É um bispo do Povo, sobretudo do povo que sofre. Tal como D. Manuel Martins, o Poder instituído não gosta das suas orações. Ainda nesta da data não teve dúvidas de afirmar que "quando a nossa dívida for paga haverá em Portugal uma multidão de pobres". E a dívida ainda não foi paga e já se começa a ouvir o clamor do povo. E o povo não fala mais alto porque a fome começa a tirar forças. Até forças para viver. Que a voz de D. Januário, do nosso D. Manuel se multipliquem. É esse o dever da Igreja Católica. E não só de arranjar uns cêntimos e um bocado de pão e sopa. É preciso gritar. Dizer que queremos continuar vivos. Para que o Poder ouça, medita, aja e até se...assuste.